quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Quase acabaram com o futebol

Na semana passada houve um caso importante para o futebol brasileiro. E não envolveu nenhum craque de nome nem salários exorbitantes que insistem em rondar o futebol mundial. O caso aconteceu na Série D do Campeonato Brasileiro, a popular quarta divisão, e envolveu os clubes Tupi-MG, Aparecidense-GO e o massagista do clube goiano, Romildo Fonseca da Silva. Já no final da partida entre Tupi e Aparecidense, o massagista resolve evitar o gol que daria a classificação ao time mineiro. Pode parecer um lance inusitado, cômico ou coisa do tipo, como o Esporte Espetacular quis mostrar, mas não é.



O susto no momento foi grande, acredito que até para a equipe beneficiada, mas o que poderia ser feito naquele momento para se corrigir a injustiça e falta de fair play? Pelo árbitro da partida, nada. Ele não poderia dizer que foi gol, porque de fato não foi. O que poderia ser feito teria que partir dos próprios jogadores da Aparecidense, como um gol contra, que “consertaria” o placar de jogo, pelo menos. Mas isso seria demais né? Nem tanto. Na Holanda, o Ajax, principal time de lá, já fez um gol contra para corrigir um gol sem querer, após um lance de fair play. Mas lá não é aqui e nada foi feito dentro de campo.

As declarações dos jogadores, do técnico e do massagista da Aparecidense foram incríveis: “Nós merecemos o resultado”, “o resultado foi justo” e “faria tudo de novo”. Tais declarações poderiam abrir um precedente bastante maléfico ao futebol, como esporte. Não poderíamos esperar a justiça divina ou qualquer coisa do gênero. Então o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) resolveu julgar esse caso na última segunda-feira, 16. E a punição não poderia ser outra que não fosse a exclusão da Aparecidense da Série D. Qualquer multa, suspensão ou banimento do massagista seria muito pouco com relação ao esporte. O clube goiano sequer se defendeu no tribunal.


O futebol já viveu alguns casos de interferência externa, mesmo que não comprovada. Era juiz demorando a validar ou invalidar um gol, que ficamos com suspeita de que ele esperara o replay da TV. Sem falar nos gandulas que somem com as bolas ou exageram na rapidez da reposição. Muita coisa faz parte hoje do futebol, mas nada seria tão prejudicial quanto a absolvição desse massagista.

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