Bellucci comemora um ponto na difícil vitória contra Isner na Copa Davis
Na sexta-feira começou a Copa Davis. O Brasil enfrentaria os Estados Unidos. Era uma vitória improvável, quase impossível. E Bellucci perdeu pra Querrey e Thiago Alves foi derrotado por Isner. Sem resistência nenhuma por parte dos brasileiros. Estados Unidos abriria 2x0 nos confrontos, bastaria mais uma vitória para eliminar o Brasil. Eu não sei se minha visão era pessimista ou realista, mas a Copa Davis parecia que já tinha acabado.
No sábado, a missão para conseguir uma sobrevida no tênis era bem difícil. No jogo de duplas, Bruno Soares e Marcelo Melo enfrentaram os irmãos Bob e Mike Bryan. A dupla americana era simplesmente a primeira do ranking. A melhor do mundo. Quão difícil seria para os brasileiros? Difícil é pouco. O jogo foi tenso, duro, surpreendente para os americanos. A raça do Bruno e do Marcelo desestabilizou a dupla americana, que tentou dar o troco xingando o banco brasileiro após um ponto disputado. E nós vimos algo raro no tênis: torcida gritando, brasileiros indignados, quase um empurra-empurra. Agora a coisa ficou séria. E com toda essa seriedade a dupla brasileira conseguiu vencer os americanos por 3x2 nos sets. O confronto seria prolongado até o domingo. 2x1 para os americanos, mas com brasileiros com alma renovada.
Ainda no sábado tivemos um dos melhores cards no UFC 156, que não era no Brasil, mas só tinha brasileiro. E brasileiros mordidos, considerados azarões, com exceção apenas ao detentor do título da categoria Pena, José Aldo.
Pezão é segurado pelo árbitro após nocautear Overeem no UFC 156
Demian Maia teve, contra Jon Flitch, uma oportunidade de ouro para retornar ao status de um dos grandes lutadores do UFC. E com uma estratégia muito interessante e eficiente, conseguiu anular os ataques do americano. Na pontuação dos juízes, deu Demian Maia. Vitória muito importante para a carreira do brasileiro.
Minotouro soube enfrentar o bom Rashad Evans. O brasileiro tinha um bom tempo inativo, mas isso não impediu que dominasse a luta, mesclando bons golpes e ótimas defesas de queda. Mais uma vitória brasileira por decisão dos pontos.
Antônio Pezão contra Alistair Overeem. Talvez a luta mais esperada da noite. Criou-se um clima bem tenso. Falatória de Overeem de um lado, encarada dura de Pezão de outro. E não foi por menos. A luta foi muito boa. Overeem se saiu melhor no primeiro round, mas nunca totalmente por cima do brasileiro. Mas no terceiro round Pezão se superou. Encaixou ótimos golpes e conseguiu nocautear Overeem. Não satisfeito, Pezão queria falar, desabafar e replicar tudo aquilo que o adversário havia falado sobre a luta. Vitória na raça, que credencia Pezão como um dos possíveis desafiantes ao título da categoria dos Pesados.
José Aldo é um lutador completo. Dominou bem a luta contra o Frank Edgard. A vitória poderia até ser considerada fácil, se não fosse a apreensão causada pelos cinco rounds. Qualquer golpe bem encaixado poderia ser decisivo. Mas não foi. José Aldo manteve seu cinturão, merecidamente.
Voltando ao domingo na Copa Davis de tênis, Bellucci iria enfrentar o bom Isner. O brasileiro não foi nada bem na sexta-feira, mas a vitória do Brasil nas duplas motivou Bellucci. E com essa motivação, o duelo contra o americano foi bem intenso. Longas 3 horas de partida. Torcida americana sentiu o drama inesperado e apoiou o seu tenista mais do que o normal. Mas lá tinha brasileiro também, que puxava o grito pra vitória do Bellucci. E deu certo, com um ótimo jogo de paciência e ousadia, Thomaz Bellucci venceu John Isner de virada por 3x2.
A série estava empatada por 2x2. Os americanos nunca iam esperar isso. Talvez nem os brasileiros. A superação foi imensa. E ainda tínhamos chance de ganhar o confronto. Thiago Alves contra Sam Querrey. E Thiago começou bem, ganhou o primeiro set conseguindo uma quebra de saque e confirmando bem os seus serviços. Infelizmente, o americano ganhou moral no jogo depois de ganhar o segundo set. E a virada foi inevitável. O brasileiro se superou, lutou, mas não deu. Sam Querrey venceu com o apoio intenso de sua torcida.
O Brasil perdeu e fará a repescagem no final do ano contra um adversário ainda a ser definido. Porém a maneira honrosa como foi derrotado por uma potência como os Estados Unidos pode (e deve!) motivar os nossos tenistas. Foi uma vitória, apesar da derrota. E assim tivemos um final de semana que podemos nos orgulhar muito. O esporte brasileiro viveu momentos espetaculares. Parabéns!
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