quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Chile na Libertadores

O futebol chileno vive um momento diferente. Times não tradicionais disputam a competição mais importante da América do Sul. A Seleção possui grandes chances de ir, ao menos, à repescagem para a Copa do Mundo de 2014. Grandes talentos se destacando em importantes times europeus. Mas como está o Chile na Libertadores?

Jogadores do Huachipato comemoram um dos gols na vitória contra o Grêmio na primeira rodada da Libertadores



Logo na primeira rodada da competição tivemos uma "zebra". Ou seria muita audácia nossa achar que o campeão chileno ganhar do 3ª colocado do campeonato brasileiro uma "zebra"? Mesmo que não muito conhecido por jogadores, técnicos e jornalistas brasileiros, o Huachipato foi o último campeão chileno, um campeonato que temos um futebol muito ofensivo, rápido e, às vezes, irresponsável. Ou seja, não é pouca coisa. O Huachipato pode ter surpreendido, mas já dava indícios de que a competição é equilibrada. Com a diferença de plantel entre os times brasileiros e os outros, não deveria ser tão equilibrada assim. 

A Universidad de Chile é o time sul-americano mais arrojado que tivemos nos últimos 3 anos. Mas o técnico não é mais o mesmo, o time perdeu importantes valores. Mesmo com essas baixas, a La U conseguiu garantir uma boa vitória em Santiago contra o Deportivo Lara, da Venezuela.

O Deportes Iquique já entrou na Libertadores de surpresa. A maioria apostaria suas fichas no time mexicano León, com reforço do ex-Barça Rafa Marquéz. Com dois empates e um futebol bem organizado, mesmo abusando de perder gols, como de praxe no Chile, o Iquique entrou na fase de grupos da competição. Na primeira rodada fez um jogo disputado contra o Peñarol, mas acabou perdendo em casa. 

A segunda rodada da Libertadores mostra a fragilidade do Chile em não ter equipes tradicionais na competição. O Deportes Iquique foi massacrado pelo Vélez. O time chileno não conseguiu se organizar em campo e foi dominado pelo campeão argentino logo no primeiro tempo. O Iquique amarga duas derrotas e não deverá seguir na competição. A Universidad de Chile foi derrotado por um Olimpia em forte crise financeira. E La U não foi nem sombra daquele time que nos encantou na Copa Sul-Americana retrasada, tampouco do time que chegou nas semi-finais da última Libertadores. Ao Huachipato coube o maior vexame das equipes chilenas. Depois de ganhar com autoridade do forte Grêmio em Porto Alegre, o Huachipato simplesmente não conseguiu esboçar o que fez na primeira rodada e tomou um sacode de 3 do Caracas. Aliás, o Huachipato não jogou nada durante o primeiro tempo e no segundo tempo foi bem afobado atrás da reação, sem nenhum rastro de sucesso. 

O futebol chileno tem de ser observado durante essa Libertadores. Dois times sem muita tradição e um time com um passado recente glorioso. Equipes capazes de vitórias surpreendentes e goleadas vexatórias. Pode até ser que os 3 times chilenos fiquem na fase de grupo, como também podem seguir adiante e eliminarem fortes equipes brasileiras ou argentinas. A irregularidade dá o tom nesse momento diferente do futebol chileno.

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